segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Jornalismo deve colaborar para diminuir preconceitos, acredita sexóloga

A sexóloga e convidada especial do Programa Altas Horas (da Rede Globo), Laura Muller, entende que o jornalismo deve ajudar a diminuir preconceitos de qualquer tipo quando o assunto é sexualidade. Ela esteve na Feira Capital Estudante, no Shopping Pátio Brasil, em Brasília, no último sábado, 18 para bater um papo com os estudantes do Distrito Federal.

Em entrevista à Agência de Notícias do UniCEUB, Laura Muller falou sobre carreira, trabalho atual e sexualidade. A escritora iniciou a carreira como jornalista escrevendo nos jornais Folha de São Paulo e Folha da Tarde. A carreira deslanchou na área da sexualidade, após o surgimento de uma vaga de editora de sexo e comportamento na Revista Cláudia.

O assunto rendeu tanta curiosidade à Laura, que a motivou a realizar uma pós-graduação em Educação Sexual. Escreveu para inúmeras revistas e jornais sobre o tema e, hoje, além do quadro no programa Altas Horas, Laura escreve as colunas “Sexo em segredo” e “Sexo sem neuras” para o Jornal Agora São Paulo e para o Portal iG.

Além de escritora e jornalista, Laura também é psicóloga. Atende crianças, adolescentes, adultos e casais em seu consultório particular de psicologia e ministra palestras por todo o Brasil com temas relacionados à sexualidade e comportamento para todos os públicos, sem exceção, inclusive para a terceira idade.

Questionada sobre sexo como tabu, Laura concordou que o tema ainda gera muitas polêmicas, mas que isso faz parte de um processo, que se iniciou em 1996, com as campanhas contra a AIDS. “Atualmente, os jovens estão cada vez mais curiosos e abertos a questionamentos relacionados à sexualidade”, diz Laura Muller.

A psicóloga disse que é preciso falar sobre sexo na sociedade como um todo, como um tema mais amplo. “Sexo ainda gera muito preconceito, mas o jornalismo está de portas abertas para recebê-lo.” Laura tem três livros publicados até o momento: “500 perguntas sobre sexo”, “500 perguntas sobre sexo do adolescente” e “Altos papos sobre sexo”, o mais recente.

A, jornalista, sexóloga e psicóloga Laura Muller, 42, adentrou ao recinto, que comportava uma plateia heterogênea, sob aplausos e euforia. O barulho fora do local da palestra e a versatilidade da sexóloga suscitaram uma ideia melhor na cabeça da escritora de “Altos papos sobre sexo”.

Estava instalado ali um programa de auditório com perguntas e respostas que se estenderia por mais de uma hora discutindo o que o jovem precisa saber sexo; doenças sexualmente transmissíveis e como evitá-las; gravidez fora de hora; aborto; masturbação; pílula do dia seguinte; e os momentos de visitas aos médicos.

A estudante de Ciências Contábeis, Naíra Barbosa, 18, achou o momento proveitoso. “Ela aborda o assunto com muita naturalidade e tirei dúvidas interessantes”, afirmou a estudante. O professor de Contabilidade e Administração, Adalberto Capanema, 43, admirou a clareza da profissional. “Uma excelente abordagem sobre o tema. Ela orientou os jovens de forma bastante clara e objetiva.” Laura respondeu a todas as perguntas com muita atenção, respeito e uma alegria contagiante. A sexóloga dominou o palco.

Por Luciano Villalba Neto - Agência de Notícias UniCEUB

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