sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Em exposição inédita no Brasil, MASP traz 20 obras de Caravaggio e seguidores. Nossa repórter esteve lá


              Até o dia 30 de setembro, o Museu de Arte de São Paulo (MASP) expõe 20 obras do artistas barroco Caravaggio e de 14 artistas (os caravaggescos) que foram influenciados pelo estilo do pintor italiano.  Dentre os mais famosos estão, Artemisia Gentileschi, Giovanni Baglione e Battistello.

A exposição é dividida didaticamente em três blocos: obras consagradas, recentemente descobertas e polêmicas, que ainda são objetos de estudo. Alguns quadros do artista saem pela primeira vez da Itália. É o caso da Medusa Murtola, obra representativa de sua carreira, que é baseada nos versos do poeta italiano Gaspare Murtola.

Exposição

A exposição foi dividida em dois ambientes. As obras do mestre italiano Caravaggio estão colocadas sobre paredes vermelhas com pouca luz. Há uma realidade concreta em seus quadros. Pessoas do cotidiano italiano da época em que o artista viveu, são usadas para ilustrar temas bíblicos em seus quadros.

As paredes azuis dão lugar as obras de seus seguidores, os caravaggescos, muitas vezes menos melancólicas. As pinturas influenciadas não deixam de lado o fundo escuro com focos de luz nos detalhes, uma das características do mestre Merisi.

Artemisia Gentileschi foi uma das influenciadas por Caravaggio. A artista foi a única mulher a ter sua obra exposta dentre os seguidores. Filha do pintor Gentileschi, Artemisia é, nitidamente, uma artista caravaggesca. Sua obra apresenta o fundo escuro, a luz direcionada, a cena aplicada em primeiro plano e o uso de sombra, que reflete a influência do mestre italiano. 

O autor

O consagrado Caravaggio, na verdade, chamava-se Michelangelo Merisi. Conforme se tem notícia e divulgado pelos organizadores da exposição, o artista nasceu em setembro de 1571 na aldeia de Caravaggio, de onde vem o apelido do gênio. Ele morreu em 1610 com 38 anos de idade. “(Caravaggio) deixou um profundo vazio...Havia na cidade inúmeros pintores que seguiam seu modo de pintar, especialmente no que se referia  à forma nova de iluminar as cenas com raio de luz forte e direto”, apontou a idealizadora da exposição, Rossella Vodret.

Por Rachel Gamarski (de São Paulo) – Agência de Notícias UniCEUB
Imagem: Divulgação

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