sábado, 23 de junho de 2012

Rio +20 – Cerimônia do Pêndulo convoca pessoas para a criação da Humanidade na exposição no Forte de Copacabana



      Durante 11 dias, a exposição “://humanidade2012” convocou o público da Rio +20 a participar da Cerimônia do Pêndulo, que discorre sobre a história da atuação do homem sobre a natureza. Na Cerimônia, 100 participantes de cada vez, a portas fechadas na Capela da Humanidade e seguindo os comandos de uma voz feminina, apertam um botão vermelho em frente à mesa em que estão sentados ajudando na cerimônia. Quando o pêndulo está alinhado, pombas brancas (de plástico) voam pelo interior da Capela celebrando a criação da Humanidade pelos presentes. O pêndulo ao centro da mesa simboliza que o universo está em equilíbrio.

      Marina Barros, 74 anos, estava fascinada quando a cerimônia acabou. “É uma coisa necessária hoje em dia e cada vez mais. É o nosso mundo e temos de lutar por ele”, disse ela. Marina estava sentada ao redor de uma das mesas que formam a Capela, na verdade, uma biblioteca, cujas paredes estão revestidas de 700 mil bonecos femininos e masculinos, cada um deles representando 10 mil pessoas, que juntas somam os 7 bilhões de seres humanos que habitam o Planeta. A biblioteca reúne 10 mil livros selecionados por 120 personalidades brasileiras. A ex-ministra e ex-candidata à presidência da República, Marina Silva, está entre as figuras públicas selecionadas. Dos livros que indicou, figuram os clássicos Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo, A Condição Humana, de Hannah Arendt, e Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda.

      Os visitantes da exposição chegaram a esperar 3 horas na fila para subir os quatro andares de andaimes para visitar nove salas, o Terraço do Olhar e o Jardim dos Encontros, que reúne a céu aberto as bandeiras de todos os países. Em 11 dias, o Forte Copacabana foi palco da exposição que recebeu mais de 200 mil pessoas e o encontro dos prefeitos (C40) no qual foi acordada a redução de emissão de gases de efeito estufa em cidades ao redor do mundo. As salas falam das florestas do Brasil, do mundo em que vivemos, da desigualdade, das conexões, da biodiversidade brasileira, do cidadão brasileiro e das produções humanas. Na exposição também foi apresentada a maquete do Museu do Futuro, que será construído na orla do Porto do Rio de Janeiro e estará aberto ao público em 2014, para a Copa do Mundo. 

  
Por Mônica Prado - Enviada especial à Rio+20

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