segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rio +20 - Voluntários do Greenpeace recolhem assinaturas para a iniciativa popular de Desmatamento Zero

 


      As tendas verdes do Greenpeace na Cúpula dos Povos concentram cerca de 30 voluntários com a missão de recolher o maior número de assinaturas possível para o Projeto de Lei de iniciativa popular pelo Desmantamento Zero no país. A média tem sido de três mil assinaturas por dia contando o que se recolhe em todos os pontos do país. "Se continuarmos nesse ritmo vamos levar um ano para recolher as um milhão e 400 mil assinaturas necessárias para dar entrada no Projeto de Lei", explica o voluntário Antônio Padilha, um engenheiro mecânico aposentado de 68 anos, que está no Greenpeace desde 2005.

      Antônio conversa com as pessoas que passam em frente às tendas do Greenpeace explicando que a iniciativa popular para o fim do desmatamento no Brasil é a mesma do projeto da Ficha Limpa. Ele faz questão de dizer que há uma equipe nos bastidores trabalhando para compilar os dados já que apenas com o nome completo da mãe e com a data de nascimento o cidadão brasileiro pode assinar o projeto. "Isso facilita recolher assinatura porque as pessoas não precisam ter de memória o número do título de eleitor", diz Antônio, explicando que os dados podem ser consultados no site do  Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A assinatura do projeto de lei também pode ser feita on line no site da iniciativa popular http://www.desmatamentozero.org.br/.

      A iniciativa Desmatamento Zero quer a aprovação de uma lei que proiba qualquer desamatamento, pois acredita que é possível crescer sem desmatar. Antônio, ambientalista entusiasta, endossa os argumentos dizendo que é preciso contrabalançar o enfraquecimento do Código Florestal. "É díficil mudar porque é mais barato desmatar do que cuidar do que já foi degradado", comenta Antônio, usando os exemplos de sua própria vida pessoal para mostrar que é possível economizar energia, diminuir o desperdício de comida e ainda buscar inovações dentro da própria casa. "Cubro minha geladeira com um cobertor para proporcionar mais concentração de ar frio dentro dela mesma para que ele não se disperse", diz ele, fazendo questão de mostrar as fotos de sua geladeira branca agasalhada pelo álbum que guarda em seu smartphone. "Moro só e não pago mais do que R$ 10,00 de luz a cada dois meses", afirma orgulhoso.  

Por Mônica Prado - Enviada especial à Rio+20

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