segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Em ascensão na GP2, Felipe Nasr sonha com Fórmula 1 em 2014. Assista entrevista

O piloto em entrevista para a agência de notícias
O segundo colocado na prova de Spa Francorschamps, na Bélgica, Felipe Nasr, de 20 anos de idade, subiu na classificação da GP2, mas acha que terá pelo menos mais um ano na categoria até chegar à Formula 1, estimada para 2014. A adaptação foi o mais difícil este ano. Tive que me virar com um motor que tem três vezes a potência do carro que pilotava. A decisão de entrar na GP-2 foi tardia”, contou Felipe Nasr, promessa do automobilismo brasileiro.
  
Antes de viajar para Bélgica e subir ao pódio mais uma vez,  Nasr esteve em Brasília de folga. “Estou aberto para negociar com todas as equipes ano que vem”, contou. “Agora, em agosto, aproveito para ficar ao lado da família e dos amigos. Em setembro, começa outra temporada”, disse. E começou, de fato, muito bem.
Apesar da pouca idade, o piloto está no automobilismo desde os sete anos de idade e, para 2014, planeja a estreia na F-1. “Já recebi convites, sim. Acredito que tudo tem a sua hora. Na GP-2, todos correm com o mesmo carro, muda apenas o modo de atuação de cada equipe. A habilidade do piloto fica mais evidente. É o momento de treinar para estar pronto daqui a um ano para outra categoria”, revela Nasr.
Nasr está confiante nos resultados. “Já subi no pódio quatro vezes mesmo competindo com pilotos mais experientes”, avalia. “Ingressei na F-3 em 2009, aos 16 anos, e sabia que ali era a minha única chance. Graças a Deus, deu tudo certo. Procuro correr sem cometer tantos erros. Isso foi percebido como maturidade no meio”, considera.
Para ele, a principal dificuldade hoje no esporte é resultado da crise econômica que reduz número de treinos e patrocínios para os pilotos. São apenas dois treinos por ano quando os pilotos podem usar as pistas por três dias. O treino inclui combustível e equipe. “Cada dia de treino custa 20 mil euros. Uma única corrida, 250 a 300 mil euros”, disse.
A falta de estrutura aqui no Brasil traz uma série de dificuldades para quem inicia no esporte. “Sair do Brasil muito cedo, ficar longe da família. Se a pessoa não tiver uma boa estrutura emocional, acaba voltando”, disse Nars.
O piloto diz perder 2 kg a cada corrida de 1 hora e 10 minutos. “Imagina dirigir um carro que pesa 612 kg sem direção hidráulica”, explicou. Apesar da limitação dos treinos, faz duas horas de exercícios físicos todos os dias. No mais, Felipe Nars jura levar uma vida normal. “Saio, curto a família, pesco com os amigos. Sem o lado social, é muito depressivo”, disse o piloto que mora em Londres.
Por Érika Suzuki - Agência de Notícias UniCEUB Foto: Divulgação

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