quinta-feira, 4 de abril de 2013

Grupo brasiliense de "O auto da Camisinha" prepara-se para apresentação em Nova Iorque



A companhia de Teatro “Hierofante", radicada na Ceilândia, completa 18 anos e arruma as malas para se apresentar no Brazilian Day em Nova Iorque, no dia 1º de setembro.
O Hierofante está acostumado a ultrapassar os limites do Distrito Federal. Já visitou cidades do entorno, municípios brasileiros e cruzou o Atlântico para conhecer países africanos. Essa é a segunda vez que a companhia vai à Nova Iorque.
 
O diferencial da companhia é ser um projeto itinerante que se apresenta nas ruas das cidades. Atores e diretores revelam as necessidades da companhia para tocar o projeto. “Estamos trabalhando em novos projetos e queremos apresenta-los em Nova Iorque. Além disso, estamos à procura de novos patrocinadores”, afirma Wellington Abreu.
 
O Hierofante estreou em 1997 com a peça em forma de cordel O Auto da Camisinha, escrita por José Mapurunga. Foi uma montagem feita especialmente para uma ação governamental através do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) pela luta contra a AIDS.
 
A montagem que foi encenada na África (foto ao lado) e ganhou solos americanos no Brazilian Day em 2010 e conta a história de uma mulher que só terá relações sexuais com seu parceiro se ele usar a camisinha.O grupo já fez mais de 24 espetáculos com gêneros diversificados como cordel, clássico, comédia entre outros e cada apresentação tem cerca de 25 minutos.

Problemas
Segundo os coordenadores do Hierofante, Brasília seria uma das maiores capitais artísticas se a cidade divulgasse seus profissionais. “Ainda falta muito para o DF respirar arte. Brasília não tem cultura de espetáculos de rua”, ressaltou Wellington Abreu.

A companhia é mantida através de doações de empresas, espectadores e curiosos, mas para Wellington manter a arte é uma tarefa delicada e que é necessário a ajuda do governo brasileiro. “Se os nossos governantes não nos ajudam  fica difícil manter artistas e companhias de rua. Não somos atores de espetáculos grandes, somos atores do povo”, pontuou.

Na Rua
O que muitos podem ver como diferente para os criadores da companhia Hierofante, Wellington Abreu e Anderson Floriano é motivo de orgulho. “Um dia estávamos fazendo uma apresentação na rua e um espectador não tinha nenhum dinheiro para doar mas foi quando ele tirou o único bem mais precioso que tinha no corpo, um relógio, e foi nos doar que percebemos o quanto nosso trabalho faz o bem para a sociedade”.

O Hierofante também transmite para os seus espectadores histórias de superação. “Nos apresentamos em uma cidade do entorno uma vez e um jovem visualmente drogado virou para mim e disse que queria deixar as drogas, que queria ser assim como eu, um artista”, lembrou Wellington.

Saiba mais sobre o Hierofante (Aqui)

Por Karla Oliveira - Agência de Notícias UniCEUB
Foto: Divulgação

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