segunda-feira, 16 de abril de 2012

Alianças entre partidos em cidades do entorno sofrem efeitos de crise do congresso

A aliança entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), estremecida por conta da crise no  Congresso Nacional, tomou novas proporções para as eleições municipais. Nas cidades do entorno do Distrito Federal não será diferente.

A votação da Lei Geral da Copa e do Código Florestal já foram usadas como forma de negociação da base aliada com o governo. Os parlamentares do PMDB, e de outros partidos, como Partido da República (PR) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), dizem que não estão satisfeitos com amaneira como vêm sendo tratados pela presidente Dilma. Derrotas iminentes foram impostas ao PT no Congresso. Mesmo assim, quem usa a estrela vermelha no peito prega um discurso apaziguador, dizendo pelos quatro cantos que a crise não existe e que tudo segue como nas eleições anteriores.


Um dos petistas a defender a paz nas eleições deste ano é justamente o presidente em exercício do Partido dos Trabalhadores no estado de Goiás, César Donisete Pereira. Para ele, a “confusão” que se instalou na capital do país vai ser rapidamente resolvida e a tendência é que os partidos sigam lado a lado, ao menos nas quatro mais populosas cidades do entorno: Luziânia, Águas Lindas, Valparaíso e Formosa. “Estamos tentando fechar com PMDB, PTB, PPL, PRB, PPM,PR e PDT. Já adianto logo uma coisa, esse papo de crise não chega aqui. Na grande maioria dos municípios goianos perto de Brasília teremos possibilidade de aliança justamente com eles, do PMDB”, declara.


Apesar do discurso pacifista, não é isso que se ouve pelos corredores peemidebistas em Goiás. Apesar de especificar que restrições nas alianças existem somente para PSDB e PSD, o secretário-geral do partido no estado, Kid Neto, não demonstrou satisfação quando o assunto é PT. “Não entendo o valor que o PMDB tem para este PT nacional. É claro que existe influência direta dos problemas de lá com as relações daqui. Se sou maltratado lá, tenho que ser carinhoso na base?”, questiona.


Já o PR prefere não se manifestar sobre o assunto, mas deixou claro através de seu secretário-geral, Donizete Martins, que segue “carreira solo”. “Temos uma série de reuniões marcadas para os próximos finais de semana quando vamos discutir nossas chapas. O objetivo é reunir o PR do Distrito Federal e do Goiás em uma ação conjunta nestas eleições”, adianta. Kid Neto, do PMDB, ressalva que definições ainda vão ser feitas sobre a parceria, mas defende que, caso ocorra um racha nas chapas goianas, será o resultado natural de uma onda provocada a nível nacional. “O partido tem um caráter nacionalista. É tudo um efeito em cadeia: não gostamos que maltratem nossos líderes”, reclama o secretário.

Por Vinícius Werneck - Agência de Notícias UniCEUB

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