O coordenador de assuntos educacionais do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Claudio Antunes, afirmou, na noite de quarta (4), que ainda não há qualquer estimativa de fim da paralisação, que, na semana que vem, pode completar um mês. Uma reunião entre sindicalistas e governo está marcada para a segunda, dia 9, mas os dois lados estariam ainda distantes de um acordo, conforme apontou. "A categoria tem disposição para uma greve longa". Assista abaixo a entrevista.
A greve, que estaria "só no início”, segundo o sindicalista, chega, nesta quinta-feira, a 25 dias. Entre as reivindicações da categoria, está a incorporação da gratificação chamada de Tidem (correspondente a cerca de 50% do salário), conforme teria sido acordado com o governo no ano passado. Segundo o coordenador do sindicato, essa é a vigésima greve realizada pelos professores do DF em 50 anos. Ele recordou que, na década de 90, houve paralisações que superaram 70 dias de duração.O salário inicial de um professor na capital, com gratificações, é de aproximadamente R$ 4.226 para 40 horas semanais de trabalho.
Estudantes
O diretor do sindicato afirmou que o fim da greve também “vai depender da adesão ao movimento”. Segundo o representante do sindicato, em torno de 30% a 35% dos professores “estão furando o movimento de greve”.
Em relação aos prejuízos para os alunos, Antunes informou que as aulas serão repostas inclusive aos sábados. Ele apontou que a greve foi a última alternativa para garantir os direitos da classe.“O aluno é a vítima, mas a greve se dá quando tudo mais deu errado”. O Distrito Federal tem hoje 649 escolas públicas com 540 mil estudantes.
A Secretaria de Planejamento afirmou no final de março que os professores que aderiram à greve terão desconto dos dias parados na folha de pagamento. A medida será tomada a partir de maio.
Por Natália Aquino - Agência de Notícias UniCEUB
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