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quinta-feira, 31 de maio de 2012

NA SELVA (31.05)- Miséria indígena facilita ação de traficantes nas fronteiras, diz Exército

SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA (AM) - A miséria indígena facilita a ação dos narcotraficantes pelas fronteiras brasileiras. A afirmação foi feita pelo general José Luiz Jaborandy Júnior, chefe do comando de estado geral da Amazônia.


A Amazônia legal brasileira é composta pelos seis estados da região norte do país somados ao Mato Grosso, o Tocantins e o norte do Maranhão. Nessa importante área estratégica, tanto por suas peculiaridades ambientais quanto pela extensão de suas fronteiras com países vizinhos, a baixa densidade demográfica e a presença massiva de populações indígenas e ribeirinhas, ainda isoladas em muitos aspectos, faz com que o Exército enfrente um cenário difícil em que a miséria indígena acaba por ser explorada pelos narcotraficantes que tentam entrar com drogas no Brasil.


Extrapolamento da função


Segundo o general, a grande dificuldade se encontra no acúmulo de funções. “Em um país organizado cada instituição ocupa uma função, mas nós, muitas vezes, somos forçados a cumprir as obrigações de outros orgãos”, reclama.


Por definição, a missão do Exército é defender a pátria enquanto corpo militar, mas, segundo o general Jaborandy, na Amazônia essa missão se extrapola e passa a envolver também o aspecto sócio-ambiental. “Desenvolvemos trabalhos para a melhoria das populações tradicionais e para garantir a preservação ambiental”, explica.


Essas funções de policiamento de fronteiras e de preservação ambiental são, na verdade, da Polícia Federal e do IBAMA, respectivamente. Mas, por falta de pessoal e também pela falta de preparo para atuação na região amazônica por parte desses órgãos, é o Exército quem tem realizado essas funções. Desde 1999, a entidade ganhou autoridade de polícia para atuação na zona de fronteira, o que facilitou a realização desse trabalho. Mas, quando se trata da população indígena, o trabalho continua igualmente complicado.


Situação dos Índios


Pela Constituição Federal Brasileira, o índio é iniputável, ou seja, ele não pode ser legalmente punido por crimes constitucionais, uma vez que ele não desfruta da mesma educação que os demais cidadãos brasileiros. De acordo com o general Villas Boas, comandante militar da Amazônia, isso torna o trabalho de combate à entrada de drogas pelas fronteiras brasileiras por vezes infrutífero. “Quando um índio é pego fazendo o transporte de drogas para dentro do estado brasileiro, por exemplo, em sua canoa, tudo que podemos fazer é encaminhá-lo para a Funai”, diz.


O general Jaborandy explica a situação com três palavras: vazio do estado. Segundo ele, por sua pobreza extrema, a população indígena é extremamente vulnerável. “Quando você não tem dinheiro, nem educação, nem a presença do estado, e um traficante chega oferecendo dinheiro para você transportar um pouco de maconha na sua canoa, você acaba aceitando isso”, afirma. 


No entanto, o general salienta que longe de ser um agente problemático, o indígena é uma vítima social. “O governo não se importa em fazer nada porque a região, e especialmente os indígenas, não significam muitos votos”, aponta.


Por Sthael Samara - Agência de Notícias UniCEUB

NA SELVA (31.05) - Desnutrição e pneumonia de crianças representam maioria dos quadros em único hospital de São Gabriel da Cachoeira



SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA/AM - O único hospital de São Gabriel da Cachoeira, mantido pelo Exército na cidade a 850 km de Manaus, registra duas queixas comuns no setor de pediatria. Segundo os médicos, a a maior parte das crianças atendidas chega com quadro de desnutrição e, por vezes, com baixa imunidade, evoluído até para a pneumonia. "É complicado porque quase todos os casos são gerados por falta de cuidado que é o desmamento precoce ou o aleitamento prolongado, utilizando o leite como único alimento até os três, quatro anos da idade da criança", explica a pediatra Ana Tavares, uma das sete médicas da unidade de saúde.

A reportagem da Agência de Notícias UniCEUB acompanhou a espera no corredor do hospital para o atendimento. Mães, a maioria de origem indígena, garantiram estar aliviadas por terem chegado ao hospital. Além do atendimento de emergência, os ambulatórios também estavam todos ocupados. A merendeira Alcilene Gama Lima, de 34 anos, faz acompanhamento com o filho no dentista a cada três meses. "O atendimento é bom e de fácil acesso. Seja aqui ou nos postos eu nunca tive dificuldade para marcar uma consulta. Aqui não tem um hospital pra gente, é o Exército que faz esse trabalho", reconhece.

Cultura - Sobre os adultos, Os médicos da emergência apontam que alcoolismo e o infarto são problemas que mais matam na cidade. "Eles não aceitam o hábito de tomar remédio, a gente medica e eles não dão prosseguimento. Ficam com a pressão alta, bebendo e acabam falecendo mesmo", completa a médica, que, além do atendimento infantil, é a chefe do setor de emergência do hospital.

Outra causa de internação e até de remoção por avião para Manaus é o de acidentes com carros e motos. Segundo a médica aspirante do Exército, Ana Leonor Nascimento Tavares, a maioria dos casos na emergência são motivados por acidentes. "Há muitos casos de moto, carro e barco. Eles bebem muito e acabam se acidentando, não há educação no trânsito aqui", explica Ana Leonor.

Por Sérgio Vinícius (texto e foto) - Agência de Notícias UniCEUB

quarta-feira, 30 de maio de 2012

NA SELVA (29.05) Pajé critica Funai e diz que comunidade precisa de apoio para sobreviver perto de Manaus



Escute a entrevista com o Pajé Raimundo feita pela rádio uniceub feita ontem (dia 29).
A equipe de reportagem do UniCEUB visitou a comunidade de Tupé e pode conhecer as atividades e presenciar parte da cultura, vendo um rito de dança.

O repórter José Maurício entrevistou o Pajé e conversou  sobre as dificuldades enfrentadas pela tribo.

Durante a entrevista foi ressaltada a importância das atividades do Exército Brasileiro para a tribo e inclusive que o exército auxilia no comércio da tribo.

Segundo Raimundo ainda falta bastante e o governo em sua opinião auxilia apenas tribos com uma quantidade maior de pessoas.


terça-feira, 29 de maio de 2012

NA SELVA (29.05) – Militares testemunham efeitos da maior cheia do Rio Negro





Manaus - Um dos cartões postais da Amazônia, o Rio Negro enfrenta a sua maior cheia nos últimos 110 anos. A margem da capital do estado amazônico, o alcance de água já passou de 30 metros acima do leito normal, e tem causado danos para mais de 80 mil pessoas que vivem às beiradas do rio, segundo o Major do Exército Jair Armindo Gomes da Silva, do Centro de Instrução do Serviço de Embarcação do Comando Militar da Amazônia (SECMA).

Na capital, de acordo como militar que mora na cidade há dois anos, o lixo tem tomado conta dos igarapés locais e prejudicado a população. “ No centro da cidade, a passagem de carros pequenos e até micro-ônibus não está sendo permitida, em um ponto que está alagado”, alerta Jair. O militar ainda conta que com o aumento do nível da água, o lixo desce junto é fica visível nas margens do rio.

“Manaus tem que ser parâmetro quando se fala em ecologia”, acredita o Major. A solução apontada por Jair é que a cidade tenha uma educação socioambiental, consciente, forte e fervorosa no meio da população.

O caso revelado pelo militar aponta ainda que no interior do estado, onde mais de 50 municípios estão em estado de emergência, a preocupação é com o plantio e criação de animais. “ Durante missão na semana passada, notei que algumas casas e comunidades perderam toda a plantação. Já nos casos dos animais eles improvisaram estábulos mais altos para que a água não alcance o local”, revela.

Por José Maciel – Agência de Notícias CEUB

NA SELVA (29.05) - Exército aponta dificuldades para combater crimes ambientais



MANAUS – Em parceria com o Ibama, o Exército encontra dificuldades para combater crimes ambientais na Região Amazônia. Na opinião do general Jaborandy Junior, chefe do Estado-Maior do Comando Militar da Amazônia, é difícil a fiscalização principalmente pelo tamanho e pela dificuldade de locomoção na região. “Muitas vezes combatemos esse tipo de crime, mas alguns meses depois percebemos que existem outros focos em outra região”.


Os crimes mais comuns, segundo  o general Jaborandi, são o de exploração ilegal de madeira e o de garimpeiros que correm risco de vida em busca do ouro. Esse tipo de atividade também coloca em perigo o meio ambiente com o tratamento  de mercúrio que é um produto tóxico e, em contato com a água, pode matar plantas e animais.

Com cerca de cinco milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia ocupa 61% do território do Brasil tem um terço de toda a floresta tropical do mundo e um quinto de água doce do planeta, 23 mil km de seus rios são navegáveis e, em uma região que conta com 25 milhões de pessoas segundo dados do Exército brasileiro.

Um dos exemplos citados pelo oficial-general foi a situação da própria capital do Amazonas após as cheias deste mês. Para o militar, há necessidade de um educação ambiental para que a população não jogue lixo nas ruas e preserve a natureza.  “Manaus deveria ser a capital mundial da ecologia, deveríamos fazer como o índio que usa a natureza a favor, mas não é isso o que estamos vendo“, ressaltou.

Por Eduardo Aiache – Agência de Notícias UniCEUB

NA SELVA (29.05) - General diz que faltam cinco mil homens para vigilância "ideal" da Amazônia



MANAUS - O chefe de Comando de Estado Geral da Amazônia, general Jaborandy Junior, disse que o efetivo de homens que atuam na defesa das fronteiras da Amazônia, na região norte do país, ainda não é o ideal. “O número de trabalhadores é suficiente, mas nós ainda somos poucos. Precisaríamos de mais cinco mil homens. O problema é que falta recurso para o aumento do efetivo”, afirmou.

Dados da corporação revelam que a Amazônia possui 12 mil quilômetros de fronteiras terrestres. A área corresponde a 61% do território nacional, ou seja, cinco milhões de quilômetros quadrados. Hoje, existem 27 mil militares que atuam na defesa das divisas da floresta. Em 1950, esse número era de mil soldados.

Desde 1999, o Exército tem poder de polícia na região das fronteiras. A área serve de cenário para a entrada de produtos ilegais e para o tráfico de drogas no país. “O Brasil deixou de ser um corredor de passagem. Hoje, a droga que entra aqui é consumida internamente. Somos o segundo maior consumidor de drogas do mundo”, diz Jaborandy. Segundo ele, Solimões, na divisa com a Colômbia é a área mais problemática.

Como não há verba para o aumento do efetivo, o general explica que a solução é o deslocamento de unidades militares. “Precisávamos de mais homens, então solicitamos a transferência da unidade de Niterói (RJ) para a região amazônica, isso contribuiu para um aumento de 20% do nosso efetivo”.

Índios soldados
"Investimos muito nos nativos”, diz o general Jaborandy.  De acordo com ele, em São Gabriel da Cachoeira (AM), que faz fronteira com a Colômbia e Venezuela, mais de 70% dos recrutados são índios. “Eles mantém os costumes indígenas, são pais de família, integrantes de tribo e têm a oportunidade de contribuir com o nosso trabalho”, completa o militar.

As declarações foram feitas em Manaus (AM), durante uma palestra do programa “Formadores de Opinião”, organizado pelo Centro de Comunicação Social do Exército (Ccomsex). O encontro reúne alunos de jornalismo do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e da Universidade de Brasília (UnB) para uma viagem pela Amazônia.

Por José Maurício Oliveira – Agência de Notícias UniCEUB


NA SELVA (29.05) - Curso de guerra na selva leva militares ao extremo

MANAUS - Cada um que passa pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva mostra a felicidade e satisfação em servir o ao exército brasileiro, ainda mais na Amazônia. Várias questões envolvem o treinamento que dura aproximadamente de nove a onze semanas. Entre elas a questão de segurança e saúde dos alunos que entram para o cursos.

Paiva afirma que militares que têm treinamento de guerra na selva
possuem melhor noção de orientação
Foto: Rafael Cadengue



Rodrigo Eugênio Paiva, capitão do Exército Brasileiro, conta que a dificuldade do curso espanta do início, mais a preparação é muito mais mental do que física. “Algumas pessoas já morreram, chegaram a um nível de fadiga que o corpo e a cabeça não resistiram”.

O curso de se divide em quatro níveis: oficiais, cadetes, subtenentes e sargentos. Em Manaus a pouco mais de dois anos, o capitão acrescentou que não são todos que conseguem terminar o curso. “É um lugar muito complicado. Ao mesmo tempo que pode ser suar amiga, a Selva pode ser sua inimiga”, ratifica o capitão.

Segundo o subtenente Marinato, da comunicação social do exército, atualmente, o índice de aprovação no curso está bem mais alto do que o de reprovação. "O objetivo é segurar o aluno o máximo que conseguir, a não ser que ele tenha algum problema de saúde ou escolha parar", afirmou.

O centro de instrução de guerra na selva tem como meta em pelo menos 30 anos transformar o centro de treinamento m uma Escola de Guerra na Selva. Os militares que passam pelo treinamento chegam a andar 20 horas por dia sem parar, e manter uma rotina de sono diária de no máximo três horas.

Referência mundial

Alguns exércitos de outros países vêm ao Brasil para participar e aprender um pouco mais sobre o curso. Em uma rápida comparação, o treinamento do Batalhão de Operações Militares, o BOPE, parece com o treinamento. O nível de existência chega a ser maior.

Criado na década de 60, o curso nasceu da necessidade do exército ter homens que pudessem operar na selva. O quartel localizado em Manaus ficou pronto em 1967. Dentro do CIGS, os alunos tem moradia e estudam. Eles ficam de forma integral durante o curso.

O Tenente Coronel Mota, em palestra, explicou um pouco mais sobre as condições do treinamento do CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva). "Eu mesmo, quando participei do meu curso perdi 13kg. É uma questão fisiológica em certos casos", disse.


Logo após os cursos os alunos passam uma semana de desmobilização, para que assim ele possa voltar ao trabalho, ao convívio normal do quartel sem nenhuma sequela do trienamento. "Os perigos enfrentados na Selva podems er grandes, porém a equipe de instrução, que já passaram pelo curso estão ali em alerta para tentar salvar o aluno em qualquer momento", acrescentou.

Por Rafael Cadengue – Agência de Notícias UniCEUB

segunda-feira, 28 de maio de 2012

NA SELVA (28.05) - Instabilidade climática provoca parada técnica de voo da FAB em campo militar

SERRA DO CACHIMBO - O voo que levava o grupo composto por alunos de jornalismo do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e da Universidade de Brasília (UnB), em missão de cobertura nas fronteiras da Amazônia, foi obrigado a fazer uma parada técnica no meio do caminho. A aeronave da Força Aérea Brasileira, modelo C-99A, deixou a base aérea de Brasília (DF) por volta das 10h30.


            O pouso no município de Cachimbo, no campo de provas Brigadeiro Velloso, na divisa do estado de Mato Grosso (MT) com o Pará (PA), aconteceu às 12h40, horário de Brasília.


A decisão de interromper a viagem foi tomada após o comandante do voo, o piloto e Capitão da Aeronáutica, Igor Sampaio, avaliar as condições climáticas. Por causa dos fortes ventos, a aeronave consumiu mais combustível do que o esperado. Para garantir a segurança dos tripulantes, o comandante considerou mais prudente uma parada para reabastecer o jato da Embraer.


Durante 15 minutos, a aeronave foi abastecida com querosene. “Agora, com o tanque cheio, dá para fazer o caminho Manaus/ Cachimbo duas vezes”, explica o piloto.


A mudança de planos de voo não é rara na região norte do país. “A maior dificuldade de voar na Amazônia está nas bruscas variações climáticas, o que gera muita instabilidade”, disse o piloto.


A viagem foi retomada e até Manaus, o voo durou mais uma hora e meia. Os alunos vão participar de uma programação com palestras sobre assuntos locais, visitas a comunidades indígenas e terão a oportunidade de conhecer o trabalho de defesa que é desenvolvido nas fronteiras com a Venezuela, Colômbia e Guiana.


 Piloto nega ponto cego


Entre os mitos que circulam a respeito de voar na Amazônia, existe o senso comum de que há pontos não visíveis pelo controle de tráfego aéreo. O comandante da aeronave negou essa ideia.


Uma curiosidade é que o local da parada do reabastecimento é o mesmo onde, em 2006, o Legacy que colidiu com o voo 1907, da Gol, fez um pouso de emergência. Na base aérea de Cachimbo, o jatinho permaneceu retido para investigação por mais de três anos.


Segundo as investigações, o acidente deixou 154 mortos e teria se motivado por uma sucessão de falhas dos pilotos americanos e de militares em terra, que faziam o controle do tráfego aéreo. Oitos militares envolvidos no caso foram presos e excluídos da corporação. Os pilotos civis respondem processo em liberdade nos Estados Unidos.


Por José Maurício e Sthael Samara – Agência de Notícias UniCEUB
Foto: Sérgio Vinícius

sábado, 26 de maio de 2012

Contra violência e sociedade machista, marcha das vadias reúne 1500 pessoas em Brasília

A segunda edição do movimento feminista conhecido por "Marcha das Vadias" reuniu cerca de 1500 pessoas na tarde deste sábado, dia 26, em Brasília. Reunidas na região central da cidade, mulheres de todas as idades pintaram cartazes e entoaram gritos de guerra contra o machismo. Elas caminharam entre o Setor de Diversões Sul e o Museu da República, e reivindicaram respeito e liberdade.

Uma das líderes do movimento, Júlia Zamboni, disse à agência de notícias UniCEUB que a sociedade é machista e precisa ser sensibilizada, principalmente, quanto à violência contra a mulher. "Querem culpar as mulheres pelos estupros que elas sofrem, em vez de culpar os homens pelos atos criminosos que praticam”.

Presente à marcha, Edineide Carneiro de Albuquerque, 42 anos, é ativista do MNCP (Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas) e disse que foi lá contribuir com a presença e a voz, para reivindicar os direitos sobre o próprio corpo. “Nosso corpo é nosso território. A mulher sofre tanto com a agressão física quanto a agressão verbal. Isso tem acabar!”, reclamou.

Participação e envolvimento são as primeiras formas de se fazer política. É o que acredita a professora de psicologia, Tatiana Lionço, de 35 anos, que esteve no ato. “A marcha de rua é uma das formas mais básicas, mas não menos importante, porque é a mais democrática, a que o povo pode realmente estar presente”.  

Bem-vindos

A marcha das vadias contou também com homens. Eles ajudaram na confecção dos cartazes e participaram juntos das batucadas e cantos contra o machismo. Profissional liberal, Élder Pacheco, de 55 anos, afirmou que estava lá pela filha, Domitila de Paulo, que não pode estar presente.

Ele disse que foi contribuir fisicamente, fazer número e conversar com companheiros, viver a diversidade. O jornalista Flávio Brebis, de 40 anos, elogiou a iniciativa vinda da sociedade. “Os movimentos assim são mais legítimos, dão visibilidade, dão voz às mulheres. É assim que tem que ser. Deixem que elas falem por elas mesmas”.

Por Sérgio Bertoldi (texto) e Camila Schreiber (fotos).

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Pinheiros empata série contra UniCEUB em jogo eletrizante

Eletrizante e épica são palavras que podem descrever a quarta partida pelas semi-finais do Novo Basquete Brasil (NBB) entre UniCEUB/BRB e Pinheiros/SKY. As duas equipes demonstraram aos quase 12 mil espectadores no ginásio Nilson Nelson uma das melhores partidas do NBB. O Pinheiros/SKY saiu vencedor e empatou a série melhor de cinco em um placar apertado de 105 a 109. Muito disputado e com grandes lances individuais, os dois times guerrearam em quadra. O UniCEUB/BRB em busca da quarta final seguida e o Pinheiros/SKY a procura da primeira final. O cestinha da partida foi o ala Alex, com 27 pontos.

O time do UniCEUB/BRB entrou em quadra com o pivô Alírio no lugar de  Lucas Tischer. A mudanca, que funcionou no terceiro jogo da série, não deu resultado e a equipe comandada pelo técnico José Carlos Vidal encontrou grande dificuldade. Vidal entrou com uma proposta de fazer o time jogar aberto, mas encontrou na equipe do Pinheiros /SKY uma grande dificuldade nas infiltracões. O técnico do time paulista, Cláudio Mortari, montou um forte sistema defensivo que dificultou os ataques do UniCEUB/BRB.

Ao decorrer dos dois primeiros quartos, o Pinheiros/SKY chegou a abrir 12 pontos de diferenca. Nervoso, o time da casa errava passes e pecava nos rebotes, o que facilitou nos rápidos contra-ataques do Pinheiros/SKY, que demonstrou melhor eficiência coletiva. Muito bem marcado, o armador Nezinho não teve destaque como na partida anterior no Nilson Nelson. Coube aos alas Arthur, Alex e o ala-pivô Guilherme Giovannoni encontrarem a reação e diminuirem o placar para 32 a 34 no final do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, a equipe paulista continuou melhor defensiva e ofensivamente. O Pinheiros/SKY contou com as boas atuações do ala-pivô Olivinha e do pivô Bruno Fiorotto. Com as mesmas falhas defensivas do período anterior, o UniCEUB/BRB dava espaços para as ofensivas da equipe paulista, que soube explorer bem a situação da partida. O armador Nezinho, irreconhecível se comparado a outros jogos dos playoffs, pecava em alguns lances ofensivos. A equipe de Brasilia conseguiu se encontrar durante o último e decisivo quarto em uma grande noite do ala Alex. Pré-convocado pela Seleção Brasileira para os Jogos Olímpicos, o ala deu show. Aplicado na defesa e eficiente no ataque, foi o principal responsável por empatar o jogo e levar à prorrogação. Pelo Pinheiros/SKY, o ala Marquinhos foi o maior destaque.

Na reta final, os dois times seguiam a disputar ponto a ponto. Uma disputa à parte entre os alas da Seleção Brasileria Alex, pelo UniCEUB/BRB e Marquinhos, do Pinheiros/SKY marcou a partida. Porém, melhor, e completamente apoiado pela torcida, a equipe do Distrito Federal teve a chance de definir em um lance livre decisivo. O ala-pivo Guilherme Giovannoni, também convocado para vestir a camisa amarelinha, errou os dois arremeços nos segundos finais do primeiro tempo da prorrogação. No segundo, tão disputado quanto, o UniCEUB/BRB voltou a demonstrar o nervosismo presente em boa parte do jogo e sofreu com os erros. No final, com quase todo o público de pé, o time do técnico Vidal continuou a errar, o que decretou a derrota do time da casa. A próxima e decisiva partida será em São Paulo, no domingo (27/5). Como o Pinheiros/SKY terminou a fase de classificação em segundo colocado, na frente do UniCEUB/BRB, tem o direito de decidir em casa.

Repórteres da Agência de Notícias UniCEUB passarão uma semana na Amazônia. Acompanhe a cobertura por aqui

Uma equipe da agência de notícias UniCEUB embarca na próxima segunda-feira, dia 28, para cidades da Amazônia para uma cobertura especial a convite do Exército. O grupo, formado por um professor de jornalismo e 11 alunos, conhecerá como ocorre a vigilância em fronteiras do país.

Nesta semana, os acadêmicos visitaram o Centro de Comunicação Social daquela Força Armada para receber instruções de segurança e saber da rotina de ação (foto ao lado). Além da equipe do UniCEUB, uma equipe de 12 integrantes do curso de jornalismo da Universidade de Brasília também conhecerá os locais.

 O embarque será em uma aeronave C-99 da Força Aérea Brasileira na segunda pela manhã e a volta está prevista para sexta-feira. Na Amazônia, estão previstas coberturas em cidades como São Gabriel da Cachoeira, na região conhecida como "cabeça do cachorro", próximo ao extremo norte e fronteira com a Colômbia.

Outra cidade no Amazonas a ser visitada é Maturacá, fronteira com a Venezuela. Em Roraima, os repórteres conhecerão Bonfim, onde residem tribos de diferentes etnias e uma região próxima à Guiana, também patrulhada pelos militares do Exército. Trajetos para algumas localidades serão realizados com o helicóptero H-60 Black Hawk

A equipe publicará diariamente materiais em textos, áudio e vídeo, além de fornecer para veículos de comunicação conteúdos de interesse público de assuntos ligados à defesa nacional, meio ambiente, integração regional e cultura. Os repórteres farão entradas ao vivo na rádio UniCEUB e gravarão entrevistas. As imagens e áudios podem ser requisitados pelo email: agenciadenoticiasceub@gmail.com e pelos telefones 3966.1426 e 3966.1293.

Conheça a equipe de repórteres e produtores em cobertura especial na Amazônia

1) Davi Santos Barbosa - gerente de produção
2) Eduardo Rangel Simões Aiache - aluno do quinto período de jornalismo
3) Gabrielle Vieira da Silva - aluna do sexto período de jornalismo
4) Isabelle Botelho Puntel -  aluna do sexto período de jornalismo
5) João Pedro Rodrigues de Melo -  aluno do quinto período de jornalismo
6) José Maciel de Melo -  aluno do sexto período de jornalismo
7) José Maurício de Oliveira Junior -  aluno do sexto período de jornalismo
8) Juliana Nunes Rabelo -  aluna do sexto período de jornalismo
9) Luiz Claudio Ferreira - professor de jornalismo e chefe de reportagem
10) Rafael Tavares Cadengue -  aluno do sexto período de jornalismo
11) Sérgio Vinícius Monteiro Pereira -  aluno do sétimo período de jornalismo
12) Sthael Samara da Silva -  aluna do sexto período de jornalismo

Imagens: Centro de Comunicação Social do Exército e Centro de Comunicação Social da Aeronáutica

Vídeo: Economista fala sobre desenvolvimento Sustentável e a necessidade de medir o consumo e não a produção

A superação do PIB e sua substituição por outra medida econômica de desempenho dos países foi assunto da palestra do economista e professor da Universidade de São Paulo (USP), José Eli da Veiga, na tarde desta quarta-feira (23 de maio), como parte do evento Quarta Sustentável do Centro de Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Brasília (CDS/UnB). “O PIB não serve”, diz Eli da Veiga enfatizando que a Rio +20 pode ser um divisor de águas ao decidir buscar uma nova medida econômica para os países.  
Para o economista, o caminho para a superação do PIB é deixar de medir a produção para medir o consumo. “É preciso medir a renda disponível da família média”, explica Eli da Veiga. Segundo ele, a título de exemplo, a França vem fazendo cálculos dessa natureza assim como a Irlanda, país em que é possível observar crescimento continuado do PIB e renda média tão baixa quanto da Itália. 
Durante a palestra, Eli da Veiga também falou das fronteiras da sustentabilidade ambiental, da assimetria internacional e das críticas à economia verde que são feitas por políticos e pela comunidade científica.
Por Mônica Prado, Agência de Notícias UniCEUB

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Brasília ganha centro de referência em direitos humanos

Foi inaugurado nesta quinta-feira, dia 24, o Centro de Referência em Direitos Humanos na galeria do Hotel Nacional, na região central de Brasília. O objetivo da criação do centro é facilitar e agilizar a vida da população brasiliense e assegurar uma maior divulgação de programas de conscientização sobre direitos humanos. Uma maior proximidade com a população é uma das metas afirma Mara Costa, coordenadora do programa.

O projeto é uma parceria entre a ONG União Planetária, a Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) e o Governo Federal. O centro irá atender a comunidade de Brasília e orientar e informar qualquer cidadão que sinta que seus direitos foram lesados, sem haver distinção da natureza de casos. O trabalho será feito em parceria com instituições públicas como a Secretaria de Diretos Humanos e a Defensoria Pública do Distrito Federal.

O atendimento é gratuito tanto na sede quanto linha telefônica e será feito das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. A conscientização da população é fundamental pois muitos não conhecem seus direitos e deveres cita Mara Costa “Esta é uma das maiores dificuldades. O público precisa de apoio, objetividade e clareza na hora de solucionar um conflito”.

O trabalho comunitário em equipe é essencial segundo a coordenadora pois apenas assim os direitos de todos os cidadãos serão assegurados. A implementação do centro é um apoio na implementação de políticas públicas e do Plano Nacional de Direitos Humanos III que buscam meios de acesso a população e formas de articulação para que os direitos humanos sejam garantidos. Tal esforço irá culminar em uma diminuição de casos de escravidão, prostituição, pedofilia e outros casos.

Será lançado um Guia de Direitos Humanos e realizados programas que irão dialogar promover o dialogo entre a sociedade e entidades publicas e privadas. Serão inicialmente sentidas as demandas da população para a melhor criação de programas efetivos, segundo Mara Costa. (contato: 3223 4099)


Por Júlia Balthazar - Agência de Notícias UniCEUB



Rio +20 pode ser positiva e deixar marco político em cinco tópicos, acredita o economista José Eli da Veiga. Ouça a entrevista

Adoção de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), fim dos subsídios às energias fósseis, regulação sobre a questão dos oceanos, fortalecimento do desenvolvimento sustentável dentro das Nações Unidas e substituição do PIB por uma nova medida de crescimento são os cinco tópicos que, na visão de José Eli da Veiga, poderão ser o marco da Rio +20 para o mundo. O professor da Universidade de São Paulo (USP) é uma das referências em desenvolvimento sustentável no Brasil, tendo publicado mais de 20 livros e artigos sobre o assunto e falou com exclusividade para Agência de Notícias UniCEUB.
Ouça aqui a entrevista.

“As expectativas não podem ser fixas. Antes eu estava pessimista, agora sou um otimista cauteloso”, diz Eli da Veiga para explicar que, a menos de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), ele percebe a probabilidade de que esses cinco tópicos estejam contemplados no documento final da Conferência. O rascunho para a última reunião preparatória, que será realizada de 13 a 15 de junho no Rio de Janeiro (RJ), já está concluído e, segundo ele, deve sinalizar esses eixos.
Para Eli da Veiga, o indicativo de adoção, num prazo de 3 a 5 anos, de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela ONU, em analogia aos Objetivos do Milênio, vai desencadear um processo sério, intensivo e sistemático de busca de indicadores seja para criar novos ou legitimar os que existem, a exemplo da pegada ecológica. Além disso, enfatizou que os ODS têm papel fundamental ao ajudar os países a priorizar suas políticas públicas.

Na entrevista ao programa Rio +20 em Pauta, da Agência de Notícias UniCEUB, Eli da Veiga disse que devem haver importantes decisões na área de energia, como o aumento da participação de energias limpas nas matrizes dos países e também o fim dos subsídios para as energias fósseis. Eli da Veiga acredita que elas têm peso uma vez que foram propostas e são endossadas pelo próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que define o ano de 2012 como o Ano de Energia Sustentável para Todos.

“Os oceanos foram esquecidos e como representam mais ou menos 50% da contribuição para a regulação térmica no planeta deverão estar contemplados no documento final”, comenta Eli da Veiga, que também acredita na aprovação de mecanismo para que o desenvolvimento sustentável tenha peso dentro da ONU seja pelo fortalecimento do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) ou pela transformação dele em agência, seguindo modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que mantém interface com o mundo científico. “É uma proposta concreta da Europa e da África; lastimável que o Brasil tenha sido contra”, diz Eli da Veiga.

Ele acredita também que a Rio +20 vai sinalizar a necessidade de superar o uso do PIB como bússola para medir crescimento dos países. “Substituir o PIB é um processo de décadas, pois envolve questões de contabilidade nacional. Ele vai continuar a ser calculado, mas é preciso mudar”, enfatiza Eli da Veiga.

Por Mônica Prado, Agência de Notícias UniCEUB

sexta-feira, 18 de maio de 2012

UniCEUB-BRB abre vantagem sobre Pinheiros nas semifinais do Novo Basquete Brasil

O primeiro confronto da série entre UniCEUB-BRB e Pinheiros/SKY, pelas semifinais do Novo Basquete Brasil, o NBB, foi marcado por intenso equilíbrio e só foi resolvido nos detalhes. Quem se deu melhor, na noite desta sexta-feira, foi o time da capital federal, que atuou com o apoio da torcida no ginásio Nilson Nelson e venceu por 99 a 77.  O armador Nezinho brilhou no último período de jogo e além de terminar a partida com 22 pontos convertidos, roubou do ala paulista Olivinha a função de cestinha do jogo.

Com vantagem no duelo, o atual campeão nacional vai a São Paulo jogar as duas próximas partidas e se vencer as duas estará garantido em mais uma final do NBB. Caso perca algum jogo, a equipe obrigatoriamente disputará o quarto jogo, novamente em Brasília.

Jogo
No início do duelo o placar do ginásio sofreu uma pane e não marcou o tempo jogado na partida, somente faltas e a pontuação eram visíveis. Já dentro de quadra, a equipe paulista entrou disposta a complicar a vida do time do técnico José Vidal, que teve de buscar o resultado, após começar atrás no marcador. O time paulista não chegou a disparar no placar e conseguiu abrir apenas dois pontos de diferença no final do primeiro quarto do jogo.

No segundo quarto, empurrado por mais de oito mil vozes o atual campeão nacional de basquete tomou as rédeas do confronto. Com apenas um erro nos lances livres (15/16) e sete roubadas de bola, a equipe conseguiu abrir três suados pontos de vantagem no placar. No lado paulista a forte marcação e as assistências sustentavam a equipe na partida.

Após o intervalo, o mesmo equilíbrio permaneceu dentro quadra. Os dois times se alternaram na frente do marcador até o último segundo de jogo no terceiro período. Foi quando o armador Nezinho, que não tinha dez pontos anotados no duelo, acertou arremesso do meio da quadra, colocou o time novamente em vantagem sobre o Pinheiros e levou a torcida ao delírio.

Já no último quarto de jogo, o conjunto de jogo do Lobo-Guará se destacou. Orquestrados pelo camisa 23, o time da casa começou a construir uma nova diferença no marcador. Do lado paulista, o ala Olivinha tentou complicar a reação, mas não conseguiu deter a reação do atual campeão nacional.









Por José Maciel e Cecília Sóter - Agência de Notícias UniCEUB
Vídeo - Larissa Coelho
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Empresas oferecem prática de exercício físico para funcionários

Com o objetivo de melhorar a qualidade no ambiente de trabalho empresas buscam inovações com a prática de esporte e exercícios. Segundo pesquisa feita por empresade recursos humanos organizações vêm utilizando essas atividades para motivar os funcionários em suas empresas.
O Ministério da Previdência Social oferece aulas gratuitas de dança a seus funcionários de alguns setores, como a Ouvidora. Segundo Aline Jacques há algumas resistências dos funcionários no inicio dessas atividades, mas logo eles gostam das aulas. “Parece que são outras pessoas após alguns meses de aula. No início eles ficam tímidos em dançar de casal, mas depois se soltam.”
A Embrapa foi outra empresa, onde os funcionários se uniram para a prática de corrida de Kart. A corrida se tradicional para a empresa, foi criada a Copa Embrapa Cerrados de Kart. Desde 2008 há o campeonato se tornou famoso entre outras pessoas que não disputavam a corrida. Dário Dantas, um dos funcionários da Embrapa, afirma que as corridas começaram aos com poucos participantes, mas logo outros participaram do evento. “Surgiu, então, a ideia de se fazer a Copa aberta a todos os funcionários da Embrapa.”

O Programa Viva Bem UnB é outro exemplo dessa proposta de exercício físico nas organizações. O programa criado na Universidade de Brasília visa estimular a prática de exercícios entre todos os funcionários da UnB. Atualmente mais de 100 pessoas praticam alguns esportes oferecidos pelo Viva Bem. Entre alongamento, ginástica localizada, step,. Dança de salão e jiu-jitsu, o programa possui cerca de 20 profissionais na aérea de Nutrição, Fisioterapia e Educação Física.

 por Luciana Amaral e Victor Barbosa

Pesquisa revela que qualidade no ambiente de trabalho melhora desempenho dos funcionários

Uma pesquisa feita pela empresa de recursos humanos constatou que a maior motivação dos funcionários é ter um ambiente saudável e bom relacionamento com os colegas. O levantamento feito no ano passado ouviu mais de 40 mil executivos e também revelou que a felicidade no emprego gera ganhos entre a empresa, pois dessa forma a produtividade do funcionário aumenta.
Uma alternativa que visa a melhorar o ambiente de trabalho é a pratica de exercício físico. Esta alternativa já é utilizada por algumas instituições, como a Universidade de Brasília, o Ministério da Previdência Social e a Embrapa.
Passo a passo - Segundo Marcelo Nascimento, professor de Educação Física da UnB, a atividade física pode evitar problemas de saúde dos funcionários. “O cansaço e esgotamento começa na mente e passa para o corpo e passa para o corpo. Isto pode se refletir em ganho de peso e a gordura prejudica a rotina da pessoa no dia a dia. O maior problema é que esse processo nem sempre é percebido, pois acontece gradativamente.”
Marcelo Nascimento afirma que a intenção da prática de exercício nas empresas não visa alterar toda uma estrutura de trabalho, mas apenas criar algumas condições de melhora na qualidade de vida do trabalhador. “O esporte é uma ferramenta de transformação quando bem utilizado e de objetivos claros.”

por Luciana Amaral e Victor Barbosa

Clube de atletismo recupera jovens através do esporte

          O Clube de Atletismo de Sobradinho pode não colecionar títulos ou ter o nome estampado em manchetes, mas já conseguiu vitórias que não podem ser mensuradas. Pelo esporte, jovens da periferia correm e saltam para alterar a própria realidade.

        O treinador João Sena criou o Clube de Atletismo de Sobradinho, o CASO, por meio de doações. O clube recebe gratuitamente qualquer pessoa e o grande público é formados por jovens e crianças de comunidades carentes de Sobradinho, os maiores beneficiados pelo lugar. “Já vi muitos meninos mudarem realmente”. Ele lembra que vários garotos que chegaram ao local eram envolvidos com o tráfico de drogas.


       O grande objetivo não é só formar um atleta, como afirma Gianetti Sena, esposa do fundador. “O mais importante não é ser um grande campeão porque infelizmente são só três lugares no pódio e são cem pessoas tentando esses três lugares. Você tem que formar pessoas que acreditam no potencial delas”, diz.

Jéssica Alvez da Paz treina salto à distância


          Uma das jovens que agarrou essa oportunidade foi Jéssica Alvesda Paz, 16 anos. Corredora há oito anos, fala da diferença de estar treinando ou estar em casa. “Porque lá onde eu moro muita gente vive assim no mundo das drogas e eu já estaria envolvida se não tivesse esse estádio aqui”, declara.



Por Agência de Notícias UniCEUB








Cem mulheres trabalham nas obras do Mané Garrincha

O Estádio Nacional de Brasília emprega muitos funcionários, e entre eles algumas mulheres. Ainda são poucas, mas a presença delas tem feito diferença no trabalho, como é o caso de Maria Rita.
A operária veio do Piauí a um ano e tenta a sorte em Brasília. Ela afirma que mesmo em minoria, suas colegas de trabalho se empenham da mesma forma que os homens e sonham alto. “Somos poucas, porém nossa parcela de contribuição”, contou.
Ela mora no bairro da Estrutural e pega ônibus todos os dias para chegar ao estádio. Seu trabalho é na limpeza do estádio. “Muitos consideram o nosso serviço simples, mas os nossos colegas que trabalham na fuselagem e na construção pesada mesmo sabe o quanto é difícil organizar tudo”, garante a Piauiense.
Maria Rita revelou que não entende muito de futebol, mas que está ansiosa para assistir as partidas. “Quem não quer ver um jogo de Copa do Mundo, principalmente em um estádio que nos erguemos”, completou.

http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/2012/05/mais-de-tres-mil-homens-trabalham-em.html
Nome do estádio gera polêmica
A comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados enviou uma moção ao governador do DF, Agnelo Queiroz, protestando pela alteração no nome do Estádio. De acordo com o presidente da comissão, Jonas Donizette, do PSB-SP, trocar o nome do estádio seria um erro.
“Isso é desfazer uma homenagem histórica a um dos principais atletas do futebol brasileiro e mundial”,explicou.
Até agora nada foi resolvido e o empasse continua. O Estádio Nacional de Brasília deve ficar pronto no fim de 2012.
Por Rafael Cadengue - Agência de Notícias UniCEUB

Mais de três mil homens trabalham em turnos de seis horas no estádio de brasília

Com mais de 58% de obras concluídas, o Estádio Nacional de Brasília, caminha para cumprir os prazos estipulados no começo das obras e ficar pronto até o fim de 2012. Os operários, que hoje, trabalham no estádio vieram de todo o Brasil, em busca de oportunidade e uma vida melhor na capital federal.

Kléber Alves, de 25 anos e Edílson Ney, 28 anos, vieram de Belém - PA, quando souberam das inscrições para ajudantes de obra no Estádio Nacional. Com apenas as passagens de ida, ficaram mais de trinta horas dentro de um ônibus até desembarcar em Brasília, ou como eles mesmos disseram, o lugar para recomeçar.
“Nós temos família no Pará, somos amigos à quase dez anos. Deixamos pai, mãe, amigos, namoradas, para realizar nosso sonho”,afirmou Kléber. Para Edílson, apaixonado pelo o seu Paysandu, time do Pará, trabalhar na construção do estádio, significa muito mais. “Só de pensar que grandes craques de todo o mundo jogarão aqui, já é uma satisfação”, disse o operário.
Trabalho dia e noite
Cada pessoa que trabalha na obra ganha entre R$ 450,00 e R$ 1.000,00 reais. Todos têm carteira assinada e moram em regiões administrativas do Distrito Federal. Douglas Xavier, de 40 anos, veio de Belo Horizonte e se tornou mestre de obras. Hoje ele mora em Águas Lindas de Goiás.“Todos os dias levanto cedo, pego o ônibus, me junto a outros colegas que moram próximo a mim e vamos para o estádio”, explicou o operário que trabalha em dois turnos.

http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/2012/05/cem-mulheres-trabalham-nas-obras-do.html

O Estádio Mané Garrincha foi inaugurado em 1974 e desde 2010 está em reforma para dar lugar ao Estádio Nacional de Brasília. O antigo estádio era menor e tinha capacidade de receber apenas 42.200 espectadores, ao contrário do novo estádio, que poderá receber até 70.042 torcedores.
O novo estádio tem o selo Leed Platinum. Ele é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto do Mané Garrincha. Na construção são usados materiais recicláveis ou reciclados.

Por Bruna Meneghini e Rafael Cadengue - Agência de notícias UniCEUB

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fortalecimento interno e governança internacional são pilares necessários para o avanço do desenvolvimento sustentável. Ouça entrevista

Para o subprocurador Mario Gisi, coordenador da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal, há necessidade de uma intervenção do Estado no sistema econômico de modo que mudanças possam ser efetivamente observadas quando se fala de desenvolvimento sustentável. “Fortalecimento interno e governança internacional precisam andar paralelo”, diz ele, ao enfatizar a necessidade de contraponto ao poder econômico e a urgência no fortalecimento ou na criação de um organismo global que possa garantir a implementação de medidas acordadas entre os países.

“Diretrizes temos muitas, o que falta mesmo é a implementação das diretrizes”, afirma o subprocurador durante entrevista ao programa Rio+20 em Pauta da Agência de Notícias UniCEUB.

Ouça a entrevista de Mario Gisi na íntegra

Mario Gisi entende que o organismo necessário à governança internacional deve estar aberto a receber denúncias e cobranças da sociedade quanto à implementação de medidas acordadas em fóruns planetários, como a Rio +20 ou outras conferências anteriores. “Precisa ser um espaço também para que as pessoas e a sociedade civil possam reclamar e denunciar, não será o caso de ser um tribunal, o que seria ideal, mas uma agência que possa acompanhar a implementação dos acordos”, explica o subprocurador. Para ele, será um ganho para a Rio +20 se houver a criação de uma agência ou o fortalecimento de um organismo como o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Durante a conversa nos estúdios da Rádio UniCEUB, Mario Gisi também comentou sobre o documento brasileiro, já entregue à ONU, com sugestões para a agenda daConferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20). Segundo ele, até por força da imposição dos temas como economia verde e erradicação da pobreza, o documento brasileiro não trata de assuntos como biodiversidade e aquecimento global. Na opinião de Mario Gisi, no entanto, esses assuntos não deveriam estar apartados da pauta de uma conferência sobre o desenvolvimento sustentável.
Por Mônica Prado, Agência de Notícias UniCEUB

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rio +20 sinaliza retrocesso ambiental, poucos avanços sociais e um desafio para a geração futura

Depois de dois dias de debates, o resultado é a convergência de percepções entre perservacionistas e socioambientalistas, tradicionais rivais dentro do movimento ambiental, quando o assunto é o diagnóstico sobre o que significa a Rio+20, que acontece na última semana de junho, no Rio de Janeiro. “O discurso de todos os presentes ao debate está direcionado a apontar um retrocesso ambiental em alguns pontos e um desafio muito grande para o futuro, pois houve agravamento dos problemas ambientais desde a Eco-92”, explica a coordenadora do evento Rio 20, doutora em Desenvolvimento Sustentável, Marcia Leuzinger.

Márcia ressalta que houve avanços na educação e na consciência ambiental assim como na diminuição da pobreza absoluta no mundo. No entanto, não deixa de frisar as muitas perdas ambientais nesses 20 anos, inclusive no Brasil, e a ausência de pontos chaves como clima e biodiversidade da pauta da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +20).

Estiveram presentes ao primeiro dia de evento expoentes máximos em suas áreas de atuação dentro do Direito Ambiental como Letícia Silva, especialista em agrotóxico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Eldis Camargo, especialista em recursos hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), Mario Gisi, coordenador da Câmara do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (MPF) e Aurélio Veiga Rios, ambientalista e procurador Regional da República.

José Drummond,  no Rio 20, tratou de biodiversidade
No segundo dia, explica a coordenadora Márcia Leuzinger, foi a vez de reunir os cientistas que estão dentro das universidades refletindo sobre biodiversidade como o sociólogo José Augusto Drummond (UnB/CDS), sobre educação e pobreza como a geógrafa Vanessa Castro (UnB), e sobre a cultura e os saberes dos povos tradicionais como a pedagoga Sandra Lima da Universidade Federal do Tocantins (UFT).




20 anos depois da Eco-92

O evento Rio 20 contou com a participação extraordinária do sociólogo Alfredo Pena-Vega, do Centro Edgar Morinde Paris (EHESS),que está no Brasil para concluir o texto das propostas que serão levadas para a Conferência Rio +20 pela rede de 380 pesquisadores em 50 universidades no mundo. Alfredo, em sua palestra, enfatizou a necessidade de influir no futuro e destacou que o eixo econômico que move o mundo está em questionamento. “Não é possível continuar nessa via, pois foi esquecido que existem o social, o ético e o ecológico, por exemplo”, explicou Pena-Vega.

O professor destacou também que a luta na Eco-92 era pelo desenvolvimento sustentável que podia levar a mundo a ficar melhor. “20 anos depois o mundo não está melhor”, afirma Pena-Vega, que mesmo diante de um diagnóstico pessimista se posiciona dizendo que a humanidade tem uma chance. Para Pena-Vega essa chance aparece quando se estimula o conhecimento e o pensamento crítico de modo que a visão seja ampla e o futuro diferente do passado.

O ciclo de debates sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) foi uma promoção do curso de Mestrado em Direito do UniCEUB. O ciclo foi realizado no Laboratório de Relações Internacionais e com transmissão simultânea em áudio e vídeo para o Auditório do Bloco II. O evento foi aberto à comunidade de Brasília (DF).

Por Mônica Prado, da Agência de Notícias UniCEUB

Rio +20 em pauta: Sociólogo Alfredo Pena-Vega aponta necessidade de criação de tribunal para crimes econômicos. Veja entrevista


Em passagem por Brasília, o sociólogo Alfredo Pena-Vega, do Centro Egdar Morin de Paris (EHESS), falou das propostas para mudar o planeta que estão em construção há cinco anos pelos 380 pesquisadores distribuídos numa rede de 50 universidades em todo o mundo. “Queremos influir no futuro”, afirma o renomado professor Pena-Vega, uma das autoridades mundiais nas questões sociais que envolvem a sustentabilidade.

Pena-Vega na entrevista em video à Agência de Notícias UniCEUB aborda da necessidade de criação de um tribunal mundial para condenar crimes econômicos. Segundo ele, o tribunal será formado pelas redes sociais e composto por pessoas planetárias que se diferenciam por sua qualidade de atuação. “O poder econômico tem derrubado as economias e os governos no mundo e é preciso fazer algo para que isso não aconteça mais”, explica Pena-Vega. Na entrevista, ele fala também da Carta que será entregue à presidenta Dilma Russeff para que tenha ousadia e coloque o Brasil na liderança mundial e da necessidade de juntar justiça social e justiça ecológica pois as duas não podem mais andar separadas.

Alfredo Pena-Vega esteve no campus do UniCEUB na manhã do dia 16 de maio (quarta-feira) participando do evento Rio 20 promovido pela coordenação do Mestrado em Direito. Aberto à comunidade, o evento ocorreu no laboratório de Relações Internacionais com transmissão simultânea para o Auditorio do Bloco II, nas manhãs do dia 15 e 16 de maio de 2012.

Por Mônica Prado da Agência de Notícias UniCEUB

Construção civil alavanca oportunidades de empregos no DF

O setor da construção civil ergue o mercado de trabalho no Distrito Federal. De acordo com informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do Ministério doTrabalho, a taxa de desemprego total no Distrito Federal diminuiu de 12,6%, em janeiro de 2011, para 11,5%, em janeiro de 2012.

De acordo com o Cadastro Geral deEmpregados e Desempregados (Caged) de março de 2012, Brasília é a quinta cidade, dentre 50 cidades brasileiras, que mais contratou em fevereiro deste ano. O saldo de vagas, diferença entre contratações e demissões, foi de 4.195.

Segundo o economista Victor José Hohl, ex-funcionário do Banco Central do Brasil e membro do Conselho Regional de Economia do DF, a diminuição da taxa de desemprego no Distrito Federal se deve à aproximação da data da Copa do Mundo de 2014. “Por estar mais próximo da Copa, o governo vem baixando as taxas de juros devido às muitas obras públicas, aumentando as oportunidades de emprego”, explica o economista. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção, somente na obra do Estádio Nacional de Brasília são mais de cinco mil pessoas empregadas.

O economista afirmou que o ramo da construção civil é o maior responsável pelo aquecimento da economia do Distrito Federal. “Emprega muita gente que, com renda, compra mais coisas, multiplicando, assim, as oportunidades de trabalho”. Mas, o economista alerta: a oferta maior de empregos no ramo é temporária. “Uma hora termina isso. A expansão de crédito é boa, aquece a economia, mas a médio e longo prazo gera pessoas endividadas”.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário do Distrito Federal, Edgar de Paula Viana, a construção civil é o carro-chefe da geração de empregos no DF. Segundo ele, hoje são 80 mil pessoas empregadas com registro em carteira de trabalho no ramo. “Não está faltando empregos na construção civil, estamos até importando gente de outros estados, do Goiás, do Maranhão, do Piauí. Atualmente, estamos com um excessivo número de obras”. 

De acordo com o secretário de Trabalho do Distrito Federal, Glauco Rojas Ivo, a alta de empregos no ramo da construção civil tem prazo de validade. “A área está superaquecida, mas vai permanecer somente por um tempo. Daqui a pouco as obras em Águas Claras e no Noroeste já estarão concluídas”. 

O secretário explica que o crescimento da taxa de emprego de 2011 para 2012 se deve ao constante crescimento da cidade. “A cidade está muito acima do que ela suporta, o que gera mais demanda para todos os setores, como da construção e do consumo”.

Além disso, segundo o especialista em trabalho, o calendário de eventos internacionais,como a Copa do Mundo, também começa a mexer com a cidade. “Foram anunciados na semana passada 2 bilhões de reais de investimentos em Brasília para o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] Mobilidade Urbana Grandes Cidades,gerando mais postos de trabalho e mais renda para a massa de gente que trabalha”, concluiu o secretário.

Nos últimos 12 meses houve a redução do desemprego em 11 mil pessoas no DF. Foram gerados 44 mil postos de trabalho em janeiro deste ano, número superior às 33 mil pessoas que ingressaram na População Economicamente Ativa (PEA) em janeiro de 2011, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Ministério do Trabalho.

O tempo médio de procura por trabalho na capital federal, de acordocom a pesquisa, reduziu de 41 semanas, em janeiro de 2011, para 37 semanas emjaneiro de 2012.

Condições nas obras
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção e do Mobiliário do Distrito Federal, Edgar de Paula Viana, as condições de trabalhonos canteiros de obras já foram ruins, mas, ultimamente, estão melhores. “Houve uma melhoria de mais de 80% nas condições de trabalho para os trabalhadores em relação aos anos anteriores. Como conquistas posso citar o vale-transporte para trabalhadores da construção civil, a alimentação no próprio canteiro de obras, incluindo café da manhã, e a assitência dentária gratuita”, expôs osindicalista. 

Serviço público versus indústria

Outro grande responsável pela geração de empregos em Brasília é o serviço público, afirma o secretário de Trabalho do Distrito Federal, Glauco Rojas Ivo. “Brasília foi construída em cima do conceito de posses de trabalho oriundo do serviço público, mas o conceito já está ultrapassado”, acredita o especialista. Para ele, a cidade está em uma ‘encruzilhada histórica’: ‘Qual é a vocação de trabalho para a indústria da cidade?’.

O secretário acredita que a indústria de tecnologia tende a crescer no DF. “A indústria do conhecimento, que é a indústria do futuro, é uma das que em Brasília pode crescer. A capital tem que fazer um esforço para atrair esse tipo de empresa”.
Cenário brasileiro

Antes de analisar o cenário local do DF, o economista Victor José Hohl, que é ex-funcionário do Banco Central, fez uma análise da economia brasileira ao longo do tempo. Para ele, é necessário construir um panorama geral sobre emprego e desemprego no país para entender as taxas de hoje.

No Brasil, segundo o especialista, a economia era excessivamente inflacionária até o ano de 1994. “O país não tinha crédito e a bolsa de valores não funcionava, a economia era estagnada”, explicou.

Com o Plano Real, em1994, houve a estabilização da moeda e a economia brasileira começou afuncionar. “A partir de 2002 o país começou a entrar nos eixos”. Segundo o economista, em 2006, a taxa de crédito em relação ao Produto Interno Bruto(PIB) no Brasil era de 28%. Hoje, a mesma taxa representa quase 50%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante o ano.

“O governo injeta crédito, aquece a economia, aumenta a demanda agregada e cria mais empregos, principalmente no ramo da construção e da indústria”, explicou Hohl. 

A taxa de Sistema deLiquidação e Custódio (Selic) – que reflete o custo do dinheiro para empréstimos bancários, com base na remuneraçãodos títulos públicos – é uma das grandes responsáveis pela diminuição ouaumento de crédito para o país.

A taxa é a mais básica delimitada pelo Banco Central do Brasil, que fiscaliza as instituições financeiras. De acordo com o economista, “se a taxa Selic aumenta, todas as outras taxas também aumentam e o país desaquece. É a forma de o governo brecar a economia, aumentando a inflação”.

Em 2011, houve um aumento de 12,5% na taxa Selic do Brasil, o que desaqueceu a economia, tornandoo crédito mais caro. “Recentemente, a presidente [Dilma Rousseff] começou ainverter o jogo e derrubar a taxa Selic. Em 2012, ela a passou para 9%,obrigando os bancos públicos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, a diminuir os juros, aquecendo novamente a economia brasileira”.

Segundo o economista Victor José Hohl, com taxas menores de juros as pessoas vão mais as compras,diminuindo o desemprego. Em março deste ano foram criados, no Brasil, 111.746 postos de trabalho com registro em carteira, uma alta de 20,6% em relação amarço de 2011, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados(Caged).

Por Natália Aquino - Agência de Notícias UniCEUB