terça-feira, 15 de maio de 2012

Biblioteca do Cruzeiro sofre com barulho e falta de sistema informatizado

Frequentada por cerca de 600 pessoas por mês, a biblioteca pública localizada no setor escolar do Cruzeiro Velho não conta com silêncio e nem com sistemas informatizados. Ela funciona dentro de um edifício que tem outros espaços destinados a atividades culturais da comunidade.
Segundo gerente de cultura da Administração Regional do Cruzeiro, Rafael Fernandes, o espaço nunca é ocioso. “A demanda de utilização das salas e auditório é alta. É até difícil encaixar tudo na agenda”. O grande problema, conforme considerou, é que o local não é exclusivo para a biblioteca. “Há também um centro cultural”. Daí misturam-se, no mesmo prédio, atividades que exigem silêncio com música e aplausos, por exemplo .

 Quem chega ao local logo percebe que a sinalização externa indica apenas a biblioteca. Há um auditório, usado principalmente para ensaios de grupos de teatro ou de dança, e um salão de múltiplas funções, para exposições. Há também um espaço para crianças (com livros, revistas e jogos infantis), além de uma sala com computadores e acesso à internet.
O acervo e a sala de estudos, que compõem a parte da biblioteca, não estão isolados de todo esse conjunto. Ainda, próximo à sala de estudos – localizada na parte mais externa do edifício –funciona uma creche, origem das principais reclamações quanto ao barulho. A reportagem conferiu, em um folheto de reclamações e sugestões, o pedido de um usuário para trocar a sala de estudos com a do acervo.
Outras reclamações por escrito consideraram a sala “pequena e insuficiente”, que havia “pouco espaço”. O gerente discordou.“Espaço tem. Só não tem mobiliário. É difícil conseguir porque envolve recurso público”, disse Rafael, que revelou uma ideia de construção de outra biblioteca, em área não definida do Cruzeiro Novo.
O militar Cláudio Henrique, de 37 anos, utiliza a biblioteca para estudar para concurso e considera tanto o acervo quanto os serviços adequados.“O pessoal é prestativo, a segurança boa. O vigia está sempre presente”. Segundo o concurseiro, nem mesmo o barulho da creche incomoda tanto.
 Segurança e Sistemas Eletrônicos

Outro problema revelado pelo gerente de cultura do Cruzeiro é a falta de sistemas informatizados, o que dificulta tanto o controle de empréstimos dos livros, quanto o registro dos usuários. “Tudo é feito manualmente”, disse, ao mesmo tempo em que retirava um bolo de fichas de papel de uma das gavetas.
O gerente revelou também que não havia revista (checagem) das mochilas dos visitantes na saída da biblioteca, nem multa por atraso na entrega de livros. As duas medidas foram implantadas este ano. “Sem um sistema eletrônico, não há plena segurança para o acervo”, que conta comaproximadamente 15 mil exemplares e tem média de 150 livros emprestados por mês.

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