quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fortalecimento interno e governança internacional são pilares necessários para o avanço do desenvolvimento sustentável. Ouça entrevista

Para o subprocurador Mario Gisi, coordenador da Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal, há necessidade de uma intervenção do Estado no sistema econômico de modo que mudanças possam ser efetivamente observadas quando se fala de desenvolvimento sustentável. “Fortalecimento interno e governança internacional precisam andar paralelo”, diz ele, ao enfatizar a necessidade de contraponto ao poder econômico e a urgência no fortalecimento ou na criação de um organismo global que possa garantir a implementação de medidas acordadas entre os países.

“Diretrizes temos muitas, o que falta mesmo é a implementação das diretrizes”, afirma o subprocurador durante entrevista ao programa Rio+20 em Pauta da Agência de Notícias UniCEUB.

Ouça a entrevista de Mario Gisi na íntegra

Mario Gisi entende que o organismo necessário à governança internacional deve estar aberto a receber denúncias e cobranças da sociedade quanto à implementação de medidas acordadas em fóruns planetários, como a Rio +20 ou outras conferências anteriores. “Precisa ser um espaço também para que as pessoas e a sociedade civil possam reclamar e denunciar, não será o caso de ser um tribunal, o que seria ideal, mas uma agência que possa acompanhar a implementação dos acordos”, explica o subprocurador. Para ele, será um ganho para a Rio +20 se houver a criação de uma agência ou o fortalecimento de um organismo como o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Durante a conversa nos estúdios da Rádio UniCEUB, Mario Gisi também comentou sobre o documento brasileiro, já entregue à ONU, com sugestões para a agenda daConferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20). Segundo ele, até por força da imposição dos temas como economia verde e erradicação da pobreza, o documento brasileiro não trata de assuntos como biodiversidade e aquecimento global. Na opinião de Mario Gisi, no entanto, esses assuntos não deveriam estar apartados da pauta de uma conferência sobre o desenvolvimento sustentável.
Por Mônica Prado, Agência de Notícias UniCEUB

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