sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Arte transforma-se em ferramenta pedagógica na alfabetização de jovens especiais


 Professores da rede pública utilizam a arte para alfabetizar alunos especiais, com deficiências intelectuais. O projeto acontece no Centro de Ensino Fundamental São Bartolomeu, na região de São Sebastião, localizada a 26 quilômetros de Brasília. A turma é composta por 12 estudantes entre 15 e 25 anos.

 Esse tipo de alfabetização alternativa não economiza no uso de materiais: tintas, revistas, lápis, cola colorida, plástico e isopor são usados para aliar a proposta artística com o desenvolvimento do estudante. Professores defendem que o contato com esse tipo de material ajuda a desenvolver o sistema motor, e também a criatividade.

 A professora da turma, Christiane Lapa, explica que alunos especiais não são capazes de criar frases, textos ou desenhos próprios, apenas copiam de algum modelo. "Por isso é importante o trabalho artístico, para não serem apenas copistas".

 Na parede da sala, ficam expostos os trabalhos da turma. Os alunos exibem os desenhos produzidos em sala de aula. Há pequenos textos, também. Alguns dos alunos já conseguem escrever pequenas frases. Ao observar os trabalhos a professora diz adorá-los. "Eu acho fantástico, vejo tanta beleza neles".


Desenvolvimento

A maioria dos estudantes passa de 2 a 3 anos nessa turma, já que o desenvolvimento intelectual é mais demorado. Quando o aluno demonstra progresso avança para os próximos segmentos. Os jovens que não apresentam nenhum tipo de avanço no primeiro segmento são encaminhados para a oficina pedagógica, uma turma que trabalha apenas com artesanato.

Por Gabriela Lapa - Agência de Notícias UniCEUB

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