quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Referência na pesquisa em jornalismo defende maior qualificação para coberturas de temas científicos


Um desastre socioambiental, uma novidade no ramo da medicina, uma evolução tecnológica. As formas de contextualizar assuntos ligados a ciência e tecnologia e sair do senso comum tornam-se desafios para as equipes de reportagem. Sobre a cobertura desses temas, a presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJOR), Dione Moura, defendeu, nesta quarta-feira, em Brasília, a importância do maior aperfeiçoamento e da interdisciplinaridade como pontos fundamentais para a carreira do jornalista. Para ela, no Brasil, os veículos aprofundam pouco os conteúdos científicos.

Segundo a pesquisadora, que é professora da Universidade de Brasília e uma das principais referências na pesquisa do jornalismo científico, o profissional da notícia influencia o modo de vida das pessoas, inclusive daquelas que estão fora de determinadas tecnologias. “O jornalista é quem faz a ponte entre a tecnologia e o desenvolvimento”.

A professora enfatizou que o jornalismo especializado deve ter um caráter problematizador e não somente didático. Segundo considerou, o jornalista deve se qualificar para mostrar os vários ângulos da notícia para que a sociedade possa conhecer e opinar. “Está nas mãos do jornalista contextualizar para que o leitor tenha informação de qualidade.” A professora ainda refletiu que as formas de abordagem do tema marcarão as relações com as fontes (os cientistas). Em caso de equívoco das informações, por exemplo, o jornalista poderá perder a confiança nesse relacionamento.

A palestra de Dione Moura integrou a programação da décima edição do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) e foi mediada pelo coordenador do curso de jornalismo, Henrique Moreira.

Por Luciano Villalba Neto - Agência de Notícias UniCEUB

0 comentários:

Postar um comentário